Olá amooores !! <3
Hoje vim falar da injeção de "Heparina" ou famosa "Clexane"
Algum tempo atrás eu nem imagina que isso existia, e ficava imaginando trilhões de coisas tipo como: "EU NUNCA VOU ENGRAVIDAR", "COMO VOU FAZER PRA SEGURAR MINHA GESTAÇÃO". Isso que eu perdi 3 vezes para poder descobrir ela. Quando descobri não foi nenhum médico que me falou não, descobri sozinha e como eu adoro videos de tentantes, grávidas e mamães e sigo muitas mulheres comecei a conviver nesse mundo, descobri muitas coisas inclusive que essa injeção nos ajuda a segurar nosso bebê. Foi quando comecei a pesquisar muito e descobri que ela é uma medicação injetável que apresenta efeito anticoagulante. Em reprodução humana o seu uso está indicado, principalmente, em pacientes com anticorpos antifosfolípides e outras trombofilias hereditárias. Devido a sua obtenção ser a partir de animais é preciso ter cuidado ao iniciar a terapia. Reações alérgicas podem surgir. Na gravidez a trombofilia pode resultar em abortos, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, descolamento precoce da placenta entre outras complicações. Os sinais de alerta são: Perda fetal repetitiva (cerca de três vezes) no primeiro trimestre da gestação e histórico de complicações obstétricas (eclampsia ou trombose venenosa profunda na perna). Porém, quando o problema é acompanhado e tratado, as chances de sucesso são de 90% e 94% . Caso contrário, os riscos são de 30% para complicações graves e 16% dos abortos por repetição estão relacionados diretamente com a ocorrência de trombofilias.
Quando se trata de gravidez, a trombofilia é um risco para a mãe e o bebê porque obstrui vasos sanguíneos que irrigam a placenta e levam sangue a nutrientes para o feto e estruturas importantes entre a mãe e o feto. Boa parte das pacientes não apresenta qualquer episódio de trombose. (Como no meu caso já foram feitos vários exames e nenhum ouve alteração). Nesse caso, a doença se mostra em função das complicações na gravidez. Se algo parecido já tiver acontecido com alguém da família ou e a mulher apresentou caso de trombose com uso de anticoncepcionais hormonais, a atenção deve ser redobrada.
Quando a mulher se descobre com o problema, além da preocupação com o tratamento, pensa logo em como será o parto e a amamentação. Em princípio as trombofilias não constituem indicação obrigatória de cesárea. No entanto, em virtude do risco de algumas complicações no final da gestação (pré-eclampsia e insuficiência placentária com óbito fetal repentino), a tendência é indicar a resolução da gestação tão logo se estabeleça a maturidade fetal, assim que o bebê apresente condição de sobrevida extra-uterina com riscos iguais ao de um recém-nascido cuja mãe não apresenta patologias.
A mulher com trombofilia pode e deve amamentar. Até porque não há riscos de transmissão da doença, que não é contagiosa, mas transmitida ao longo da vida ou geneticamente e não obrigatoriamente. de geração em geração. A ocorrência independe do tipo de trombofilia. A frequência das alterações é variável e baixa para a maioria das patologias. A ocorrência fica entre 0,02% a 8%, sendo a deficiência da antitrombina e menos comum e a mutação do Fator V de Leiden a mais comum. Em se tratando de grávidas, 0,5% a 4% das pacientes com trombofilias desenvolvem problemas na gestação.
No grupo de trombofilias adquiridas a síndrome dos anticorpos antifosfolipides (SAAF) é a de maior importância. Contudo, o fato do diagnóstico ser positivo não obriga que haja problemas na gravidez. Só 5% da população têm os anticorpos presente quando realizados exames laboratoriais. Além disso, pessoas com lúpus apresentam SAAF associada em 34% a 42% dos casos.
No que se refere á gestação e perdas gravidas, cerca de 16% dos abortamentos de repetição estão relacionados com a doença, incidência que aumenta para 24% nas gestações obtidas por fertilização assistida. As trombofilias de menor risco são a mutação do gene da protombina e a hiperhomocisteinemia (aumento de cerca de três vezes do risco). A deficiência das proteínas C e S, assim como a mutação do Fator V de Leiden, têm aumento moderado do risco de trombose (5 a 10 vezes). A deficiência de antitrombina é a de maior risco.
Por isso que considero a gestação portadora de trombofilia como uma gravidez especial. Não só porque na maioria das vezes a gestação vem depois de duas perdas ou é primeiro filho. É que a fase deve ser monitorada com mais intensidade. Além disso, a rotina do pré-natal tem um detalhe a mais: todo dia a gestante aplica em si mesma uma injeção de heparina para evitar a formação de trombos e controlar a coagulação do sangue em níveis normais. Essa é uma das partes do tratamento para trombofilia na gravidez. Para quem jamais ouviu falar, soa estranho. O fato é que a heparina ajuda na coagulação do sangue e é fundamental nesse processo. Esse tipo de tratamento começa antes mesmo da gravidez, prossegue durante toda a gestação e pode se estender até depois do parto.
São também altos os riscos de partos prematuros. Em geral, a interrupção da gravidez é tomada pelos médicos para assegurar a vida da criança e da mãe. Isso porque, sem o tratamento adequado, há 30% de chance de a gravidez não evoluir e culminar em aborto ou no nascimento do bebê com baixo peso e desenvolvimento corporal.
Para a mãe também há consequências. Ela pode sofrer uma trombose venenosa profunda (mais frequentemente na perna esquerda), um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, obstrução da artéria que irriga intestino, ou infarto do miocárdio ou tromboembolismo pulmonar. Esse risco para mãe trombofilica se estende durante todo o puerpério, o famoso resguardo do 44 dias.
Mesmo com tratamento, a gravidez é de risco. A boa notícia é que, devidamente assistida, as chances de sucesso são de 90%. O primeiro passo para se chegar ao diagnóstico é uma boa conversa com o médico. Em seguida, vem a bateria de exames, infelizmente, o custo dos exames utilizados no diagnóstico ainda é extremamente alto. Na rede privada, alguns exames ainda não são cobertos pelas operadoras de planos de saúde, o que não deixa de ser uma dificuldade para o diagnóstico. Outro problema é o alto custo das medicações, e o incômodo das injeções subcutâneas até duas vezes ao dia.
Mesmo com o tratamento há riscos. Os mais comuns são queda das plaquetas, sangramento nasal, ocular, em pontos de injeção ou na gengiva. Isso acontece com maior facilidade, representa pouco risco e ocorre pela ação de diminuição de capacidade de coagulação do sangue imposta pela heparina e ácido acetilsalicilico. Outro resultado é o possível enfraquecimento da massa óssea , mas esses fatores podem ser suplantados com exames regulares de controle de coagulação e suplementação com cálcio na gestação.
Desculpem o texto enorme. Mas agora imaginem minha cabecinha de treinante recebendo esta noticia? mas quando descobrimos a causa dos nossos abortos e o quanto é tratável, enfim aparece uma luz no fim do túnel e a minha se chama "HEPARINA", e caso você sofre Aborto de Repetição como eu, ai vai uma fica preciosa de onde começar a procurar as causas!!
Por experiência própria meninas, em questão de médicos é sempre bom mudar quando se tem dúvidas eu passei em 6 GO(ginecologistas) e apenas o 5º me disse para passar com uma especialista em reprodução humana. Porque os outros 4 me disseram pra tentar novamente, e me passavam apenas simples remédios dizendo que me ajudaria! Graças a Deus nunca aconteceu nada de ruim com meu útero mesmo eu tendo passado por 4 curetagens, sem conta o psicológico né? Pra quem é tentante e já perdeu sabe o quanto sofrido é.
Espero que tenham curtido e ajudado!
um super beijo a todas e até o próximo.